Texto escrito pela Bia Kunze, do blog Garota sem fio
Ontem a Motorola promoveu uma coletiva em Jaguariúna, interior de SP, para apresentar seus 3 novos dispositivos Android: Defy, Spice e o aguardadíssimo Milestone 2.
De novo? E 3 numa só tacada? Sempre comentei que Nokias se reproduziam como gremlins, mas não resta dúvida que essa fama agora pertence à Motorola, que investe na plataforma do Google sem medo de ser feliz. Hoje, 1 ano após a estréia do pioneiro Dext, seu portfolio abriga 10 andróides de todos os tipos de tela, teclado e formato.
Além disso a Motorola promoveu um tour em seu parque tecnológico, desde as linhas de produção até os interessantes testes de stress e resistência… na água, no pó, em extremos de temperatura e no simulador de quedas. Foi divertido. Quem é que não se diverte vendo um celular se estatelar de propósito?
Mas vamos aos novos smartphones!
O Milestone 2 é o topo de linha da empresa, e a julgar pelo sucesso do primeiro, será o novo queridinho dos geeks.
E para agradar quem quer um aparelho tanto para lazer quanto trabalho, ele está caprichado: suporte a múltiplos calendários do Gmail ou Exchange (legal para quem quer acompanhar calendários compartilhados de outras pessoas), Android 2.2 (que entre muitas novidades, traz o requisitado hotspot wifi), processador de 1 GHz e uma câmera que faz vídeos em 720p — embora continue fotografando em 5 megapixels. O design também sofreu algumas mudanças no acabamento e no teclado físico. Os detalhes em dourado, bem como o trackpad esquisito, foram embora. Com a sobra de espaço, as teclas ficaram maiores.
E para não deixar dúvidas que a Motorola quer bater de frente com o iPhone, o Milestone 2 chegará com o preço e R$ 1.699, desbloqueado e sem subsídio das operadoras.
O Defy é parecido com o Milestone 2 em termos de tela; mas não tem teclado físico e possui acabamento emborrachado. É ultra resistente: além da prata da casa, a tela “Gorilla Glass” (ah, esses marqueteiros…), o danado suporta quedas e é a prova de poeira e água. Para não deixar dúvidas, um Defy dentro de um tanque, funcionando, estava lá na área de testes. Vem com Android 2.1, a ferramenta swipe para agilizar a escrita (ao invés de digitar, arrasta-se o dedo) e sairá por R$ 1.499, desbloqueado e sem subsídio. Pode ser uma opção para empresas que trabalham com logística e vendas. (uma historinha como adendo: já atendi no consultório vendedores, motociclistas de uma distribuidora de bebidas, que sofreram acidentes e tiveram seus PDAs inutilizados. Lembro muito bem de um deles que ficou furioso porque quebrou os 2 dentes da frente, perdeu a moto mas o PDA, um HP Jornada, ficou intacto!)
Para fechar o trio, o Spice. Totalmente projetado e fabricado no Brasil, abastecerá o mercado nacional e internacional. Excetuando o design, muita coisa ele herdou do Flipout: a tela de menor resolução (QVGA, só que verticalmente alongada ao invés de quadrada), capinhas traseiras coloridas (preto, branco e rosa), Android 2.1 e preço super acessível — R$ 799 sem subsídios. O teclado é confortável e fica oculto por um slide vertical. Contudo, possui uma ferramenta inédita e exclusiva, chamada “flashback”. É uma linha do tempo, como os modelos X10 da Sony Ericsson. Porém, podem ser personalizadas com 3 opções bem divertidas de painéis: tronco, teleférico e uma que não sei definir bem, mas seria um cenário cheio de bichinhos. Divertido!