
Os suicídios na Foxconn continuam suscitando polêmicas. Empresas parceiras da Foxconn como a Apple, Dell, HP e Nokia indicaram que estão investigando o caso para saber quais são as condições de trabalho na empresa, enviando investigadores para as instalações das fábricas.

Para tranquilizar seus parceiros e o público, a Foxconn abriu as portas de suas fábricas para assegurar a todos que as condições de trabalho são boas e não há motivos ou pressões que gerem trabalhadores infelizes a ponto de estes cometerem suicídio. Já são 15 funcionários que tiraram suas próprias vidas.

A mais nova medida esdrúxula da empresa (após contratar um religioso para “limpar os maus espíritos”) é incluir uma cláusula absurda nos contratos dos funcionários: “juro que não me suicidarei”. Qual seria o tipo de punição para uma pessoa que não está mais nesse mundo? Afinal de contas, quem está pensando em se matar certamente tem problemas demais para pensar em tais cláusulas…
As condições de trabalho na China sempre foram objetivo de muita polêmica: os trabalhadores tem uma jornada de trabalho exaustiva e ganham muito pouco. Apesar dos pesares, essa é uma das principal causas do sucesso econômico chinês: a mão-de-obra-barata gera interesse em multinacionais, pois quanto menor os salários, maiores os lucros das companhias.
Ficamos na torcida para que não haja mais nenhum suicídio e que tudo volte ao normal na Foxconn.
Explicação das mortes:
Analisando os reais motivos de tal ato desesperado, uma ótima justificativa apareceu:
Normalmente, o salário pago a um funcionário é de 900 Yuan por mês (aproximadamente US$130). Porém, em caso de morte de um funcionário, a família é indenizada em 110.000 Yuan, o que corresponde a US$16 mil ![]()
Dá pra acreditar numa coisa dessas?